quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Grade Curricular


Como na nossa proposta do blog,vou falar um pouco sobre o que achamos que é a solução para esse problema educacional, para a mudança de valorização.

Primeiramente relatando uma experiência própria, sou aluna do Jardim São Paulo e sento na primeira carteira,bem de frente para o professor. Não vou dizer que não converso na aula pois ninguém é de ferro, mas posso dizer que converso menos do que a maioria dos alunos. Quem realmente quer estudar se sente muito prejudicado, pois como dizia Hobbes “o Homem é o lobo do homem”, pois quando o homem achava que estava ajudando com a tecnologia, ele não pensou que poderia usar isso para prejudicar o próprio ser humano.

Na minha sala tem 30 alunos, estudo em uma escola particular bem conceituada. Mas a imagem é tudo, quando se vê o nome do meu colégio instantaneamente se remetem ao colégio melhor conceituado no Enem na Zona Norte. Entretanto, ao assistir uma aula não é isso que se encontra. Por exemplo, as pessoas não dão a devida importância a sua própria língua,pois a aula de gramática é a mais tumultuada,a maioria das pessoas está conversando, jogando vídeo game no celular, mandando mensagens, ouvindo música, ou até mesmo discutindo com professor assuntos que não vão chegar a lugar nenhum. A valorização de uma aula tão importante, básica principalmente para o vestibular é totalmente ignorada pelos alunos. Pois as pessoas estão tão acostumadas a ouvir os outros falarem errado que nem se incomodam mais.

A maioria das escolas não dão aula mas apenas palestram ou seja, chegam na frente dos alunos e falam até deixar seus ouvidos cansados de ouvir e não de prestar atenção.È muito fácil criticar o governo que não aumenta salário,que não dão recursos as escolas públicas,que não fazem isso ou aquilo.Mas o homem é um bicho adestrado como todos os outros,se os professores quiserem realmente mudar o interesse a disciplina, e fazer um futuro melhor para o país tem que juntamente com a escola fazer uma revolução nos valores e interesses estudantis.Para que alunos que fizeram seus pais pagarem mais de onze anos,não falem que querem fazer o que a nota de corte é menor,ou que vão fazer uma faculdade paga pois é muito mais fácil de entrar e até mesmo os alunos que estudaram em escolas públicas possam ver a oportunidade que eles tem,os recursos gratuitos que eles tem e ao invés de ficarem cuspindo,roubando e atirando,possam aproveitar essa oportunidade.

Como dito anteriormente o bicho homem é doutrinado,ou seja,se alguém ficar repetindo a mesma coisa por várias vezes na cabeça dessa pessoa ela ficara institucionalizada a isso terá um habito disso.O primeiro ponto que eu acho essencial é fazer uma aproximação da escola com os pais,colocando palestrar,sobre como educar,como fazer o filho estudar desde pequeno,pois tudo é questão de hábito.Se o pai falar para o filho desde pequeno que “Matéria dada é matéria estudada”,isso vai virar um hábito,e quando ele chegar no ensino médio que a quantidade de matéria é maior não vai sentir desespero,pois não estudara um dia antes da prova.Outra coisa importante é fazer os pais mostrarem para os filhos que eles não são amigos,e sim PAIS e o respeito está acima de tudo.Assim fora de casa eles perceberão que cada um tem seu papel e que o respeito é fundamental.Já em relação as aulas,os professores deviam fazer aulas mais dinâmicas,relacionando os assuntos com a atualidade,pois os alunos não estão interessados nos livros de 1500 anos atrás se tem milhões de coisas acontecendo no momento que podem se relacionar,a saída da escola em museus(na maioria das vezes gratuitos), e lugares para se aprender na prática, podem ser tomados como uma recompensa tanto nos colégios públicos como nos colégios privados.



Os alunos de escola públicas devem perceber quantos recursos eles tem para prosperar,bibliotecas gratuitas,cursos gratuitos, mas para isso eles tem que ir atrás,e a obrigação do colégio é direciona-los e mostrar o quanto eles tem sorte de terem a oportunidade de estudar, palestras de ética e cidadania de uma forma dinâmica. E principalmente mostrar para o aluno como no filme “Escritores da liberdade” que cada um é um,e não apenas uma nota no Enem, para dar foco as dificuldades e conquistas de cada um! Em momento nem um isentamos a falta de investimento do governo. Só achamos que se as pessoas parassem de reclamar de seus salários e das faltas de recursos e começassem a agir talvez passaríamos de um país “em desenvolvimento”,(em que os fatores sociais não acompanham o grande desenvolvimento dos fatores econômicos) para um país desenvolvido.



Por Danielle

Direto ao Foco

Para esclarecermos o que vem mudando ao longo do tempo temos que entender duas coisas básicas: o que é um Sistema Educacional, reunião de princípios coordenados de modo a formar uma doutrina, no caso voltado para o saber como as escolas, e Educação, conhecimento e prática dos hábitos sociais; boas maneiras. Desse modo, diferente de como todos pensam, o sistema educacional e a educação são duas coisas diferentes.

Com o passar do tempo e com a quantidade de informações recebidas, os valores das pessoas foram mudando, em outras palavras, para que ter um bom estudo, se eu posso roubar e ser rico? Não preciso estudar, posso ser jogador de futebol e ter uma Ferrari.

Com o ganho de espaço feminino no mercado de trabalho, o conceito de família foi se modificando. Na época de nossos pais, a família perfeita era aquela em que o pai saía para trabalhar todos os dias, enquanto a mãe cuidava das crianças, levando-as na escola, dando banho, comida acompanhando o dever de casa, lavando, passando e esperando o marido com seu pijama separado e a mesa posta. O diálogo era uma coisa totalmente ignorada, e as refeições eram feitas com todos juntos sentados e sem uma televisão.

A partir da evolução atual, com as mães trabalhando fora e os pais tentando ser amigos dos filhos, os valores foram mudados, a valorização da família, da escola, o respeito pelos professores, pela diretora, estão cada vez mais distanciados no mundo atual.

A educação começa dentro de nossas próprias casas: muitos pais não incentivam os filhos a estudarem, pois pais ricos dão de tudo e deixam o filho com a imagem de que vai ser assim para o resto da vida, e se aquela profissão que ele escolher não der certo é só trabalhar na empresa do pai. Pais pobres mostram que cada vez mais a dignidade passa longe de suas casas. Se os pais não exigirem o respeito adequado, e não mostrarem o quanto é importante ter uma educação, a escola não vai poder moldar totalmente seus alunos.

Vejo o tempo inteiro reclamarem sobre o Sistema Educacional, o que o governo faz para melhorá-lo, mas temos que pensar em um país em que o aluno mata o outro na própria sala de aula, colocar uma carteira, uma lousa nova, investir nos professores, vai fazer com que tudo mude?

Primeiramente, o que tem que mudar é o psíquico, os valores, resgatar a importância da educação, da dignidade, do bom senso, da família, do respeito com os professores, tudo isso é o início para se ter um futuro melhor. Não adianta os professores receberem salários melhores, se eles só veem nos alunos, desinteresse, desrespeito e falta de valores morais. Qual vai ser o estímulo para ensinar pessoas assim? 

Por Danielle

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

POR QUÊ? PRA QUÊ? Eu NUNCA vou usar isso

No post anterior, falei um pouco sobre os motivos de sermos assim: non-stop.

Mas, como nos concentrarmos para conseguir passar de ano? Afinal, é para isso que estudamos. Para passarmos na prova e esquecermos tudo o que aprendemos depois desse dia difícil. Decoramos as matérias e fazemos colas em caso da nossa memória falhar na hora “H”. Tudo isso, para quando chegar a hora do vestibular, estudarmos TUDO DE NOVO em um ano ou seis meses para a prova da nossa vida. Certo? Errado. Isso podia ser muito diferente. Não precisariam existir cursinhos. Ou até podia existir, mas apenas para nos ajudar a lembrar o que já aprendemos. É necessário mudarmos essa visão da educação.

Datas da história? A maioria dos professores aboliram essa prática, uma vez que realmente NÃO FAZIA SENTIDO. Mas isso não significa que devemos esquecer a linha do tempo e jogar tudo em qualquer época. Para isso, basta sabermos delimitar os períodos da História. Por exemplo, isso pode ter ocorrido na década de 60. Basta. Data, mês e ano: apenas para dias importantes. Como feriados, quero dizer, dia da Independência do Brasil... E isso recai em outro ponto: “Mas pra que eu preciso saber a história do Brasil e do mundo, se isso já aconteceu? Já foi. Eu não posso fazer mais nada.”

Toda informação é importante. Os livros são a memória da humanidade. Sem as informações do passado, não teríamos o conhecimento necessário para continuarmos evoluindo. Ou você acredita que os gênios eram inteligentes porque já nasceram sabendo? Eles estudaram, buscaram referências de gerações antigas para continuarem os estudos que encontraram.

Estudamos o passado para prever o futuro, uma vez que só temos certeza do passado. Assim, quando estudamos a história do Brasil, entendemos porque falamos português e não inglês; porque temos tantas raças diferentes, enquanto que na Argentina quase não se encontra um negro; porque somos um país em desenvolvimento e não uma grande potência como os Estados Unidos.

Tudo isso é explicado na nossa própria história. A colonização, a imigração e a exploração das nossas riquezas naturais. Mas para despertar nosso interesse, alguém – o professor – tem que abrir os olhos dos alunos para a importância disso. E não conduzir o estudante a informações precisas e desnecessárias.

Temos a necessidade de saber o motivo de estarmos aprendendo.  Não estou livrando a culpa pela nossa falta de atenção, mas também não estou culpando apenas a sociedade e o governo. Se não nos interessa, não fazemos o mínimo de esforço para aprender.

Assim, uma das principais mudanças é ajudar o aluno a refletir sobre como e porque aconteceu. Não basta falar que houve uma guerra. Há motivos e determinantes que só serão absorvidos na nossa mente se entendermos o contexto em que aconteceu.

Provas com consulta são uma evolução na educação. Elas não requerem que saibamos de cor os detalhes, mas nos incentivam a refletir sobre o assunto. O aluno precisa responder com suas próprias palavras o que entendeu e isso se torna mais duradouro em sua mente.

Por isso, jogue fora esse pedaço de papel em fonte 5 e reflita sobre o assunto.

Por Leandro

Geração "Non-stop" vs. Educação Milenar



Ouvir música, conversar no MSN, fuçar as fotos no Orkut, falar ao telefone, assistir TV e ainda twittar o que está fazendo... Tudo isso enquanto come e manda seu cachorro sair do quarto. Tudo ao MESMO TEMPO.

Isso pode parecer impossível para nossos pais e nossos avós, mas você faz isso sem sequer perceber. Os tempos mudaram e, com eles, as gerações. Com o avanço da tecnologia, o mundo se tornou altamente globalizado e as informações chegam cada vez mais rápido a qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.

Nós crescemos em um mundo digital, onde muitas vezes, aprendemos o significado de “play” e “start” antes mesmo de conseguirmos elaborar uma sentença na nossa própria língua sem cometer algum deslize. Isso pode até parecer estranho, mas muitos de nós desenvolvemos um vocabulário bilíngüe apenas com os joguinhos de videogame. Quem não sabe o que significa “game over”?

E isso não é tudo. Essa vida frenética e agitada que levamos, nos tornam pessoas cada vez mais ansiosas e distraídas. Com o volume de informações que estamos expostos a todo o momento, é muito difícil se concentrar em uma coisa apenas. Dessa maneira, utilizamos o tempo que temos para aprender o que realmente é importante para nós.
“Mas para que eu preciso saber disso? No que isso vai ajudar na minha vida?”

Com certeza, você já se perguntou isso em algum momento de sua vida acadêmica. E não se culpe por isso. Como falei, essa sociedade atual moldou o nosso comportamento. As escolas possuem um modelo de ensino que não evoluiu com as pessoas e a tecnologia. São tradicionais e aplicam um ensino ultrapassado: uma lousa, um giz e um professor falando por 50 minutos sem parar sem variação tonal. O resultado disso é uma sala sonolenta, distraída e alguns outros adjetivos que não vale a pena citar.

Saímos de um universo cheio de informações em que tudo é muito rápido, para enfrentamos uma aula monótona, estática e antiga. Assim, a educação PRECISA ser atualizada.

Pode ser por meio de debates, seminários interativos, atividades – com a ajuda ou não da Internet. É importante a interatividade, a criatividade, mas sem perder o foco no tema.

Faz sentido agora?

Por Leandro

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Educação: do Passado à Modernidade


Olá a todos!

Esse primeiro post foi criado com o objetivo de explicar melhor o que fica subentendido - ou não muito esclarecido - com o nome do blog.

O blog é feito por estudantes paulistas do Ensino Médio. Somos Danielle, Leandro e Natan.
Tudo começou com uma ideia durante uma aula de inglês, quando ficou acertado que deveríamos construir um blog em português e apresentá-lo na língua inglesa. Nós três faltamos e fomos informados ao longo da semana sobre a tarefa. Agora, ganhamos mais tempo e experiência - depois de assistir às apresentações anteriores - para falar sobre um dos problemas sociais mais sérios no Brasil e no mundo, a Educação.

E é para explicar isso que esse post foi criado. "Nossos Novos Tempos" nada mais é do que um espaço para estudantes falarem sobre suas experiências cotidianas e a nostalgia dos tempos de nossos pais e avós. Comparar passado e presente é a nossa missão, a sua, leitor, é analisar. Não vamos defender nossa época sem termos vivenciado o cotidiano escolar de nossos familiares, e por isso mesmo, não vamos dizer que vivemos numa realidade melhor ou pior, apenas diferente.

Curta essa diferença!